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Soluções para a cracolândia devem passar por redução de danos, defende especialista

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Soluções para a cracolândia devem passar por redução de danos, defende especialista
Soluções para a cracolândia devem passar por redução de danos, defende especialista (Foto: Reprodução)

Soluções para a cracolândia devem passar por redução de danos, defende especialista

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), lançou recentemente uma plataforma de monitoramento do número de usuários de drogas que frequentam a região conhecida como Cracolândia, na região central da capital paulista.

No mapa, os paulistas podem acompanhar quantas pessoas passaram pelo "fluxo", como é conhecida a concentração de dependentes químicos que circula pela região, e também quais os crimes cometidos no local.

O cidadão que se engajar na plataforma perceberá que o governo listou 17 crimes diferentes para a região, como vidros quebrados, furto e roubo de celulares, pedestres, motoristas de aplicativos e comércios.

Para Matuza Sacofa, presidenta do Centro de Convivência é de Lei, a medida é mais um recado público que o governo de Freitas oferece à sociedade, de que tratará a Cracolândia e a dependência química como questões de segurança e não como uma questão de saúde pública.

“O estado continua a achar que a Cracolândia é uma questão de segurança pública ao invés de uma intersecção. A segurança pública não consegue resolver o problema das cenas de uso em grandes centros como na Cracolândia.A gente precisa cuidar com saúde, com assistência social e, inclusive, a dispersão dificulta com que os profissionais de saúde e da assistência social consigam abordar e identificar onde estão as pessoas usuárias. Não podemos criminalizar os usuários. Precisamos ofertar um cuidado a partir da perspectiva da redução de danos”, disse.

Questionada sobre qual seria o conceito da redução de danos, para enfrentar os problemas da Cracolância, Matuza Sacofa explicou:

“ A redução de danos é uma política, uma oferta de cuidado para as pessoas que estão em situação de vulnerabilidade. É uma política de afeto, de cuidado, que vem a partir da realidade que está posta. A redução oferta estratégias para reduzir os danos do uso da substância, os danos da vulnerabilidade que está na rua, por exemplo. Ela vem, em alguns casos, em oferta de abrigo, de internação nos CAPS. É a partir da criação de vínculo com esses sujeitos que vamos enfrentar a questão”, disse.

A Central de Notícias da Rádio Jaraguá-LBRé uma iniciativa do Projeto Não se Cale!. Este projeto foi realizado com o apoio da 6ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Serviço de Radiodifusão Comunitária Para a Cidade de São Paulo.

Os conteúdos ditos pelos entrevistados não refletem a opinião da emissora.

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