5º Caminhada do Silêncio pelas Vítimas de Violência do Estado ressalta a defesa da democracia
Movimentos populares e de direitos humanos têm realizado anualmente a “Caminhada do Silêncio” tradicionalmente aos domingos, próximo a data que houve o golpe militar de 1964, no dia 31 de março.

Movimentos populares e de direitos humanos têm realizado anualmente a “Caminhada do Silêncio” tradicionalmente aos domingos, próximo a data que houve o golpe militar de 1964, no dia 31 de março.
A caminhada está na 5° edição e acontecerá no dia 6 de abril em São Paulo. Inspirado no filme de Walter Salles, o evento deste ano traz como lema “Ainda estamos aqui”, o nome do longa que retrata a luta por justiça e memória de Eunice Paiva, viúva de Rubens Paiva, desaparecido político da ditadura militar.
Para falar sobre este assunto ouvimos o ativista de Direitos Humanos Osvaldo Schiavinato.
Ele explica que a Caminhada do Silêncio é um ato em memória das vítimas do estado durante o regime militar, mas que este ano o ato terá uma relevância muito grande porque é o ano que o filme “Ainda estou aqui” ganhou o Oscar. “É um filme que trata da família de um desaparecido político, o ex-deputado Rubens Paiva que foi preso, torturado, morto e seu corpo se encontra desaparecido até hoje”, relata ele.
“Também é o ano que o STF (Supremo Tribunal Federal) deve analisar a revisão da lei da anistia, que fala da ocultação de cadáver, ou seja, a ocultação de cadáver passa a não valer mais na anistia. Isso permitiria o julgamento dos envolvidos. No caso Rubens Paiva e de muitos outros, e por fim é o ano que o STF julgará o ex-presidente Jair Bolsonaro, seus militares e todos demais envolvidos na tentativa de golpe de estado, ocorrida no dia 8 de janeiro de 2023”, lembra Schiavinato.
A 5° Caminhada do Silêncio acontece no domingo, dia 6 de abril, a partir das 15h, iniciando em frente ao antigo DOI CODI, que fica na Rua Tutoia, no bairro da Vila Mariana e segue até o Memorial da Resistência, no Ibirapuera.
A Central de Notícias da Rádio Jaraguá é uma iniciativa do Projeto “Temporal: uma ameaça aos povos originários do Brasil”. Este projeto foi realizado com o apoio da 8ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Serviço de Radiodifusão Comunitária Para a Cidade de São Paulo.
Os conteúdos ditos pelos entrevistados não refletem a opinião da emissora.
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